quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O Estado em que estamos

O Governo Português (e outros) tem vindo a chamar à atenção de que a culpa do estado em que estamos é do despesismo.

Excesso despesismo que, pelo que vemos, é atribuído ao Consumo.

Para reduzir o consumo aumentam os preços, aumentam os impostos, reduzem os vencimentos, diminuem o emprego, assim reduz o consumo e reduzem as importações. Empresas portuguesas a encerrar ao que parece até é bom pois exportamos gente (parece que é de novo um objectivo aumentar a emigração) e quem fica não tem dinheiro para consumir logo reduz o consumo e a despesa e as importações. O Ciclo é infindável. Surpreende-me que estejam convictos de que este é o caminho certo.

Isto aliado a que a minha capacidade de encontrar humor nas calinadas e burrices da nossa classe política (que engloba Belém, São Bento e todos os partidos políticos) encontra-se reduzida a zero tendo exponencialmente aumentado a tristeza em que fico de cada vez que vêm abrir a boca.

Tristeza porque nunca como de à uns anos a esta parte me sinto tão pessoalmente ofendida cada vez que os ouço. Isto porque quando, por exemplo, o Álvaro (trato assim apenas porque foi o que pediu) vem informar que estão empenhados em apoiar o Interior quando é o seu ministério que colocou as portagens mais caras nas ex-SCUT e encerra serviços de passageiros em linhas ferroviárias que servem o mesmo Interior em que se diz empenhado só pode estar a considerar-me ignorante, burra ou mal informada, em qualquer dos casos sinto-me pessoalmente ofendida.

Já o Governo anterior se comportava assim, agia de uma forma dircursava de outra, mas nessa altura a minha capacidade de encontrar humor ainda estava em alta.

Agora temos a TDT, que informou hoje a DECO afinal não será imposição da UE, até ao momento para ter acesso à televisão bastava comprar um aparelho de TV com uma antena tipo rádio embutida. Lembro de ver bocados do EURO 2008 num aparelho portátil minusculo com ecran de no máximo 15 cm. Agora tenho de comprar o aparelho e rezar para que tenha a sorte de não estar em zona excluida do direito de poder assistir a Televisão Terrestre, senão tenho de comprar os aparelhos para apanhar o via satélite. Está visto que o lobby da TV paga é que manda e Portugal vai parcialmente regressar ao tempo pré-televisão.

Bem nem tudo é mau as rádios vão ter as audiências a subir, pode ser que voltem as rádio-novelas, as televisões comunitárias. Com as portagens nas ex-SCUT foi bom para os negócios à beira das Estradas Nacionais, a ver bem poupa-se nas portagens e nos preços inflacionados das coisas nas Estações de Serviço.

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