terça-feira, 29 de janeiro de 2013

As dificuldades de quem não terminou o Ensino Obrigatório

Ontem uma conhecida, sabendo que eu fui professora, veio ter comigo com uma situação que julguei simples.

O marido, prestes a ficar desempregado, completou apenas o 6.º ano de escolaridade quando, à sua altura, o Ensino Obrigatório era já o 9.º ano.

Deixando de parte outras considerações que viriam a propósito, a situação é que o marido gostaria agora de continuar a estudar por forma a conseguir obter, pelo menos, o 9.º ano.
A solução passará agora pelo Cursos EFA.

Afastada do Ensino à alguns anos desconhecia como as coisas se estão a proceder agora mas auxiliei ,como pude, e nos seguintes passos:

- Primeiro através da Internet, numa Agência Nacional de Qualificações, fiquei a saber que os Cursos EFA poderiam estar disponíveis em escolas públicas, privadas e no IEFP;

- Com a dica das Escolas Públicas telefonei para a Escola que lecciona Terceiro Ciclo mais próxima. Solicitas, educadas e disponíveis informaram-me que desde que acabou o Ensino Recorrente ali não têm oferta para esta camada etária e que aqui na zona só eventualmente uma vizinha Escola Privada;

- Relativamente à referida Escola Privada (que tem cobertura nacional) a minha conhecida já os havia contactado e não tinham nada para o Terceiro Ciclo. Uma consulta à página de outra Escola Privada próxima pude verificar que a oferta se limita ao Ensino Secundário, já orientado à Formação, não ao Ensino Básico;

- Num contacto com o Centro de Emprego mais próximo e em posição antagónica em relação à Escola Pública, fomos rudemente informados que só desempregados.

Fiquei assim a conhecer uma dificuldade silenciosa que queria acreditar ser única à zona em que me encontro mas que tenho a certeza que não é. Adulto que necessite estudar ao nível do Ensino Básico poderá estar perante uma tarefa impossível... a não ser que esteja desempregado.

Enviámos um email à referida Agência Nacional de Qualificação aguardamos a resposta...

Actualização1 - A resposta da Agência veio rápida. Então ficámos a saber que os cursos RVCC (mais conhecidos por serem os cursos dos Centros de Novas Oportunidades) vão reabrir em Abril com outro nome. Mais pormenores só daqui a mais algum tempo.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Os Espanhois e os "doublestandards"

Este Domingo foi trágico para dois locais que conheço bem. Portalegre, onde trabalhei e encontrei das melhores pessoas com quem tive o prazer de privar, Sertã, tão perto do local que me viu nascer.

Aquela zona do IC8, onde tantas vezes passei, é perigosa, sem dúvida, as condições climatéricas assim como as obras na estrada, nomeadamente aquele "salto" no alcatrão que não consegui ver se estava ou não sinalizado devidamente, são tudo factores que terão, de certo, contribuído para o acidente. O relatório será mais conclusivo.

Para o número de vítimas mortais (que esperemos se mantenha em 11) é importante averiguar a existência ou não de cintos de segurança em todos os lugares.

É com espanto que leio a informação prestada pela empresa proprietária do autocarro.

Em Espanha só as viaturas de longo curso posteriores a 2007 é que têm de ter cinto em todos os lugares e agora eu pergunto... E O QUE É QUE PORTUGAL TEM A VER COM ISSO?

Que eu saiba quando vamos a Espanha temos de cumprir o Código de Estrada e regras impostas aos veículos em Espanha.

Lembro especialmente a última vez que lá fui e em que fomos lá ficando pois além de a Guardia Civil andar em "caça à multa" e não ter descansado enquanto não encontrou uma vírgula em que pudesse multar, de acordo com as regras de Espanha assumo pois não vi a Guarda com a Legislação Portuguesa na mão, os "atrasados tecnológicos" não têm terminais multibanco para que efectuemos pagamentos (Nota positiva para a nossa GNR e PSP).

Lembro-me ainda de estar em Portalegre e ir frequentemente a Badajoz, na altura da entrada na lista de exigências a viaturas em Espanha dos célebres dois triangulos e ter de comprar um a mais pois eles multavam e não queriam saber que a lei portuguesa não comtemplava tal exigência.

Mas afinal será que só os portugueses é que têm a Guardia Civil à perna quando não cumprem as regras de trânsito e veículos espanholas em Espanha? Os Espanhois parecem achar que podem enviar veículos para serviços em Portugal que não cumprem a Lei portuguesa...

Será que isto é um "DOUBLESTANDARD"... ou será que afinal eu não devia ter comprado o triangulo extra? É que a ser verdade ainda vou tentar vendê-lo e a próxima vez que for a Espanha levo as fotos do acidente, de preferência uma com as vitimas a serem retiradas e a declaração da empresa, no seu lugar, pode ser que a Guardia Civil não me multe... afinal pela Lei Portuguesa não é exigido o segundo triangulo.